terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Gatinho não resistiu
Recebi o pedido de ajuda no dia 21/12, para um gatinho que estava com várias feridas pelo corpinho. Na mesma hora vi as fotos, já imaginando o que deveria ser. Mandei para a Helena também dar uma olhada (salve os emails) e era mais um ponto a favor do fungo. Bem, esse pedido de ajuda foi especial. A pessoa estava disposta a ajudar o peludinho, ou seja, queria apenas orientação, não queria que eu o recolhesse, queria tratar e depois encaminhar pra adoção. Perfeito, né?! Já agendei a consulta com o Vet para o dia seguinte e tudo se confirmou. Começamos o tratamento no mesmo dia do diagnóstico, com a doação dos remédios pela Helena, até a encomenda dele ser entregue, a Cybele deu uma carona para a gaiolona na caminhonete dela e estávamos todas esperançosas de que iria dar certo. No sábado, dia 24 a Lóri (o anjo que estava cuidando do gatinho), me envia uma mensagem de que ele parecia não estar bem. Eu não vi a mensagem, mas no outro dia vejo a segunda mensagem dizendo que ele não tinha resistido a noite. É bem provável que ele estivesse com mais comprometimentos que foi possível avaliar, além da respiração que era dificultosa, uma vez que o fungo comprometeu suas vias nasais.
Mesmo não tendo êxito no tratamento desse anjinho, um consolo nos resta: ele não foi escurraçado como tantos outros são, apenas porque estão doentes. Ele foi guiado até esse lar, com certeza, pelo menos para não ir embora com uma má impressão dos humanos, né? Imagina há quanto tempo ele estava "por aí", implorando ajuda que não vinha de lado nenhum e ainda por cima deve ter sido hostilizado pela sua aparência. As feridas já estavam com uma camada de infecção, as orelhinhas estavam em pedaços, a respiração forçosa e os ossinhos expostos de tanta fome. Se ele tivesse encontrado esse lar ou outro similar, mais cedo, talvez tivesse resistido ao fungo, tivesse sido castrado, a pelagem siamesa teria voltado com força total e os olhos verdes teriam conquistado sua nova família. Tudo isso "se"...