domingo, 19 de junho de 2011

Dica de Livro: Salvando um Vira-Lata

Na última quinta-feira fui ver como estava a Paty e saí de lá com um livro embaixo dos braços: Salvando um vira-lata de Mark R. Levin. É a “emocionante história de um cão abandonado que conquistou o coração de uma família.” Acabei as 175 páginas agora e quero compartilhar com os fiéis leitores do blog.


O livro conta a chegada de Sprite ao lar dos Levin. Ele foi adotado de uma entidade de proteção. Aparentava ter entre três e seis anos, mas chegou-se a conclusão mais tarde que passava dos dez anos. Ele tinha como amigo o cão Pepsi, que na época estava com três anos. A família se dedicava perfeitamente aos cães. Até que um dia, um ano depois de Sprite estar na família, começou a apresentar problemas, além da surdez. Foi diagnosticado artrose, mas também um tumor no nervo da face. Um ano mais tarde, a decisão pela despedida foi tomada e, nessa parte, o livro trata do sentimento da família Levin e o quanto despertou a empatia de outros amigos e ouvintes do programa de rádio que ele apresentava.

“A dor da perda é o preço do amor”, mensagem da amiga Debra Burlingame à família Levin. É uma grande verdade. Mas, não é porque dói que vamos deixar de amar... E aí que quero chegar. Os “toques” que o autor passou ao longo de sua história com Sprite são preciosos: salvar um cão adulto e idoso de um abrigo, tratá-lo de suas enfermidades, preocupar-se com suas necessidades, amá-lo incondicionalmente e, por fim, após a morte de Sprite, receber Griffen, um outro amiguinho com deficiência visual, já com idade avançada, em seu lar. Ele conta que não queria inicialmente ter outro cão além de Pepsi, mas a família soube perseverar na idéia de ter um cãopanheiro para ele. Além disso, relutou também em adotar um cão adulto, por desconhecer seu passado, por não ser filhote, por poder causar problemas na família e uma infinidade de razões que caíram por terra quando seus olhos encontraram os olhos de Sprite. Mágico? Divino!

Por ser voluntária no Grupo Vira-Latas e Corações recebo, assim como todos os outros Corações, pedidos de cães e gatos, alguns com descrições a respeito da aparência: gatos de olhos azuis, gatos amarelos, gatos brancos, cães peludos, cães mestiços, cães que não podem ser pretos ou não podem ser brancos. Apenas filhotes, mas se for adulto, tem que ser novinho para não morrer em seguida. Não discuto a preferência das pessoas interessadas em adotar, mas fico pensando que a intenção dessa adoção tende a servir às pessoas e não aos animais. O nosso trabalho tem por objetivo ajudar aos animais. E uma infinidade deles precisam de ajuda e não só os que são filhotes ou que tem um padrão de beleza, mas sim aqueles que realmente estão necessitados. Assim como Levin, não nasci com essa idéia, ela se instalou após o contato que tive com os animais carentes. Hoje pouco me importa se for grande, se for pequeno, se é um gatinho amarelinho ou se é um filhotinho. Agradeço às minhas experiências, pois elas me tornaram melhor, mais preocupada com o conteúdo do que com a forma. Ao ser melhor com seres de outra espécie, entendo que estou caminhando para ser melhor com meus semelhantes.

E uma ótima dica de livro, principalmente para quem quer trabalhar sua dor em ter perdido um amigo peludo! Até a próxima leitura.