quarta-feira, 9 de junho de 2010

Escrevendo para o Blog...

Alessandra Dubles, uma protetora em POA www.aledubles.adoteja.com.br - Alessandra Dubles*assina seus emails com o seguinte anúncio:

"DOA-SE C/ URGÊNCIA**** Criança clara, olhos azuis, se porta bem a mesa, vai bem aos estudos. Dócil c/ humanos e animais. Motivo da doação: Comprei uma geladeira nova e não terá + espaço p/ ela. Caso não arrume adotante, será entregue a algum abrigo, já tentei de tudo. Criança especial, míope. Dá muito trabalho e não tenho tempo de cuidar. Soltarei nas ruas caso não a doe até sábado...."

Muito bacana e serve para reflexão. Embora tenhamos casos de crianças abandonadas e diversos outros sérios crimes contra elas, a incidência (graças a Deus) é menor. Normalmente escutamos sim, com mais frequência, as pessoas querendo entregar seus animais de estimação, por vários motivos. Esquecem-se que a responsabilidade é assumida no momento de recebe-los em seu lar e é para toda vida, com todas suas necessidades. Parece fácil quando trata-se de um cão ou gato, mas não, é só sentir a diferença quando "nos colocamos" em seu lugar. Depois de uma atitude irresponsável, não adianta reclamar dos inúmeros cães abandonados, do poder público que não faz nada, da realidade na qual nos encontramos. Por isso esterilizar é um ato de amor e a posse responsável é a saída para resolver tudo isso. Embora eu possa garantir que "cumpro" com todos esses requisitos com os peludos que estão comigo, a situação de nossa comunidade passa também a ser responsabilidade minha. Por isso escolho me envolver e não apenas reclamar. Se cada um de nós encarar a situação de frente e partir para ação (e são ações simples...) poderemos fazer a diferença. Nós deixamos a situação chegar até aqui, então somente nós poderemos revertê-la.
Quem me acompanha de perto sabe que sou "viciada" em séries de TV. Atualmente estou assistindo em DVD (a DVD & Computers no Cassino tem uma variedade delas), Grey's Anatomy. Em um dos episódios, duas das personagens resolvem adotar um cão, porque estão com "problemas sentimentais, vulgo, levaram um "pé na bunda" de seus namorados. Eles resgatam de um abrigo um cão peludão que iria ser sacrificado em seguida por falta de adotantes. São três residentes médicos que moram na casa sem tempo algum para eles, muito menos para um cão, mas mesmo assim, eles se encantam por ele e na primeira semana foi maravilhoso. Quando o rapazote começou a comer suas roupas, marcar território, não servia mais. Estou no episódio que ele foi para o trailler do cirurgião chefe, um espaço maior, com um campo enorme para ele correr e espero sinceramente que ele fique bem a partir de agora. E é assim mesmo: cães são uma caixinha de surpresas: tem aqueles que nem precisam ser educados, nascem prontos, se sentem "humanos", fazem tudo certinho, sob nossa ótica. Mas, em sua maioria, eles são "cães caninos", precisam de atividade, de espaço, de orientação assertiva, eles trocam os dentes, então precisam roer, cavam buracos (herança dos ancestrais), latem e latem, pulam na gente, mesmo quando está chovendo e estamos com a roupa "de trabalho" e não com a roupa "de cachorro". Então o "pacotinho" vem completo: além de todo esse trabalho e dedicação, também vem cheio de coisa boa: ótima companhia para passeio, caminhada, corrida e o que for, lambidas e mais lambidas quando se chega em casa, um olhar de amor direcionado pra nós, como se fôssemos "a última bono do pacote".
Então é isso, decidir ter um cachorro é entender tudo e suportar tudo sem voltar atrás. E aproveitar todas as coias boas que essa relação proporciona.
Sobre os gatos, bem, é tudo igual, a única diferença é o estilo.

Milene Baldez - Orkut
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