sexta-feira, 21 de maio de 2010

Posse Responsável!


Hoje venho falar de posse responsável!Por que ter um bichinho, seja ele um cachorro, um gato, um hamster, um papagaio ou qualquer outro não é só dar comida e água!É se dedicar a ele, dando carinho, atenção, remédios (vermífugo etc..), cuidados veterinários quando necessário e principalmente acompanhá-lo até o último dia de sua vida!Animais não são brinquedos que podem ser descartados a qualquer hora que o dono se "canse" de brincar!Ter um animal é coisa séria!
Encontrei esse texto navegando na net!E fala exatamente sobre isso:POSSE RESPONSÁVEL!!!


"O que é Posse Responsável

Por: Ana Cristina Ribeiro

Minha sábia mãezinha sempre me dizia: "Quem não tem competência, não se estabelece". Eu gostaria de fazer minhas estas palavras com uma pequena mudança:
"Quem não tem competência para ter um animal, que não o tenha".
Você pode, agora, estar se perguntando: será que é preciso mesmo ter competência para criar um animal? Então, pense comigo:
Quantos donos de cães realmente "gostam" de seus animais? Muitos os têm somente para cumprir tarefas como, por exemplo, guardar uma casa. Trabalham em troca de comida (nem sempre muito boa) e de um lugar abrigado para dormir. E quando este animal adoece ou envelhece e não pode mais cumprir suas tarefas? Muitas vezes é sumariamente "despedido" e colocado na rua!
Quantos, ao comprar ou adotar um animal, se lembram de que ele vai viver, aproximadamente, 15 anos e que, neste período, vai precisar de alimento, atendimento médico, vacinas, disciplina e carinho? Uma boa parte das pessoas age por impulso, principalmente, quando encontra um filhote lindo de morrer. Mas, e quando este filhote virar um animal adulto, muitas vezes enorme, que necessita comer bem mais, que faz muito xixi e muito cocô e que, conseqüentemente, passa a custar mais e a dar mais trabalho? Todo o xodó e encantamento somem como num passe de mágica e o grandalhão vai para a rua, onde não dará mais problemas e nem despesas para seus donos.
Quantos dizem querer um animal mas, por não terem um espaço apropriado, deixam o cão acorrentado 24 horas por dia para evitar que ele fuja ou que faça bagunça? E quando este animal, estressado por ter um dia tão chato e pela falta de contato com as pessoas, fica agressivo e tenta atacar qualquer um que se aproxima? Nesta hora o animal não serve mais porque se tornou uma ameaça à integridade das pessoas. E qual é a solução? Muitas vezes é o olho da rua!
Poderia lhe mostrar muitas outras situações, mas não quero cansar você. Gostaria, somente, que você pensasse comigo sobre essas questões.
Em todas as três situações temos um ponto em comum: o problema dos donos dos animais vira um problema da sua rua, do seu bairro, da sua cidade. De repente, o animal é jogado na rua e começa a lutar pela sua própria sobrevivência. Esta luta, dentre tantas outras coisas, significa brigar com outros animais pela comida e pelo domínio de um espaço para descansar.
E este será somente o início dos problemas. Se este animal abandonado for uma fêmea, logo estará entrando no cio e será disputada por tantos machos que poderá provocar um acidente ou uma briga tentando se livrar deles. Seis meses depois deste cio, o seu bairro vai ter um novo problema pela frente: o nascimento de novos animais! E o crescimento desta população, assim, seguirá seu ritmo natural. Será que alguém se lembra onde tudo começou?
Outro lado da questão é reconhecer que ter um animal é, antes de mais nada, ter sob sua responsabilidade uma vida. Uma vida que pode trazer tarefas pouco agradáveis (afinal, ninguém gosta de limpar cocô!) mas que, com certeza, trará sentimentos belíssimos como amizade, sinceridade, alegria, companheirismo, fidelidade etc.
Hoje, as pessoas só parecem prestar atenção nos problemas e nas dificuldades. Elas se esquecem de que tudo tem seu lado positivo. Se esquecem de olhar para o lado e perceber que a ternura no olhar de um animal é algo insubstituível.
Dificilmente, as pessoas vão encontrar esta ternura no olhar de um ser humano. Por um único motivo, o homem é muito afetado pelos assuntos externos e o animal, não. O animal possui a pureza natural que o próprio homem, como espécie animal, possui. Mas, em nós, ela está encoberta por tantas situações criadas pelo mundo moderno.
E tudo isto, amigo, é, na minha humilde opinião, "Posse Responsável". Nada mais do que pensar antes de decidir. É tentar, antes de descartar, é respeitar para ser respeitado.
E todo aquele que compreende que um amigo sincero, leal e companheiro não pode ser abandonado será, com certeza, um dono responsável."


Ana Cristina Ribeiro é formada em Comunicação Social pela Universidade Estácio de Sá. Fundou a ONG AnimaVida, em Petrópolis (RJ), que ajuda a melhorar a situação de animais de todo o tipo.