domingo, 2 de maio de 2010

Como ajudar...

Bom domingo a todos!
Espero que muitas pessoas leiam essa mensagem.
Diversas vezes recebo ligações de pessoas que encontraram um cãozinho ou um gatinho em situação de abandono e não tem como ficar com ele. Algumas vezes já “abracei” a causa, o que me faz ter mais afilhados que posso e embora tenha explicado a situação para as pessoas quando fazem contato, resolvi expor a todos.
Normalmente as pessoas que ajudam cães e gatos estão com a capacidade de hospedagem esgotada, porque também encontram os peludos na rua e decidem ajudar. Desconheço abrigos para cães e gatos em RG em plena operação, aberto ao público, então recolhemos essa bicharada toda em nossas casas. Quem tem um cão, por exemplo, sabe o trabalho que dá a limpeza, conservação do local e o trato com ele, imagina então, dez cães! E ainda mais, com a graça de Deus, se forem filhotes. Gatos são um pouco mais organizados, mas se vem da rua, normalmente tem verminose e nem sempre da tempo de chegar à caixinha, então já viu o que acontece com o lugar. Todos eles comem muito, com medo do amanhã, e necessitam de anti-pulgas e vermífugo, sem falar na castração que é prioridade. E a conta do pet shop e dos veterinários é grande... Sem falar que a superpopulação é ruim para os próprios peludos, sendo propícia a proliferação de doenças, limitando os espaços, o carinho, etc.
Todas as pessoas que conheço estão na mesma situação que a minha: capacidade esgotada, endividadas, sem tempo para seus próprios peludos, que foram suas escolhas, com a casa de pernas para o ar. E mesmo que isso não seja um fardo diário, porque fazemos as coisas por amor e vocação, quando recebemos essas ligações e dizemos “não” uma pequena parcela da responsabilidade sobre esse peludo recai sobre nós e ficamos pensando nele.
Na verdade, com tudo isso quero apenas esclarecer que as pessoas que se propõe a ajudar não são pessoas diferentes. Temos as mesmas condições básicas de todos. E que é até mais fácil e possível, uma ajuda para um cãozinho ou um gatinho na casa em que ele for encontrado, do que ele ser transferido para outra com tantos outros. Em contrapartida, me proponho a auxiliar no que for preciso, como divulgação, orientação, fazer contato com os adotantes, encaminhar para a castração, todas as atividades que levam ao encontro de um novo lar. E as vezes é rápido: no sábado passado, a Ivânia recolheu a Mellany e o Teddy e ontem, uma semana depois, a Mellany foi adotada. As vezes demora um pouco, mas a adoção acontece.
A responsabilidade pelos cães e gatos abandonados é DE TODOS. Mesmo que os meus cães fiquem dentro de casa e sejam castrados, essa situação é uma herança nossa, por termos domesticado, trazido ao nosso convívio esses seres encantadores e termos “perdido o controle” sobre eles.
Ajudar um cão ou um gato abandonado de rua é muito mais que recolher: é cuidar, tratar, castrar, manter sob sua proteção até encontrar alguém que adote. Se não for fazer isso, então infelizmente, não está ajudando, está apenas “fazendo de conta”. E é melhor deixá-lo onde está, porque alguém mais capacitado irá encontrá-lo.
Espero que todos entendam e se sintam capazes de fazer a diferença e pular os obstáculos (“já tenho um cão ou gato”, “meu marido ou meu pai não quer”, “nunca tive um gato”, etc) e contem com o meu auxílio para qualquer orientação necessária e a divulgação em vários meios de comunicação.
Desculpa se em algumas vezes falei em nome das pessoas que ajudam cães e gatos, caso essa não for a sua opinião, mas me senti a vontade porque é o que escuto de todos os protetores que conheço.

Um grande abraço!