A Dona Mãe da Clarice, da Manju, da Mochi, a Tarcila, está de volta e com tudo! Falou e disse!!!! O Guigo, o cão abandonado, até ganhou uns anos de volta, com comida, tratamento para o tumor e o principal de tudo, carinho e atenção. Eu não sei mais o que pensar com tantas situações bizarras que nos deparamos no dia a dia. Às vezes penso em fugir, mas não tem pra onde, às vezes penso em enloquecer, mas não seria útil, muitas vezes fico com raiva, mas essa energia não gera nada produtivo, assim, muitas vezes choro, é o que me resta, até acontecer uma coisa boa e me energizar para continuar a labuluta. Como lutamos por uma grande causa, que necessita de mudança de comportamento das pessoas, a sensação de impotência é enorme. Repito quase um mantra: "não posso me responsabilizar pelos outros".
Tata, tão bom ler teus posts!!!! É uma fonte de energia que me mantém "para o alto e avante"!!!!
http://tatudolindo.blogspot.com/2011/10/tu-te-tornas-responsavel-por-aquilo-que.html
Gosto muito de comprar umas coisinhas pra Manju e pra Mochi no pet shop da Lene por conta da Maia, uma senhora galega de poucas palavras, mas agradável e de olhar profundo e um pouco acima do peso . "Quanto mais rápido o tempo passa, mais lento o metabolismo fica", desabafa esta senhora que carrega além de quilos extras, a sabedoria que só o tempo oferece.
Depois de meses sem ir lá, por conta da Clarice, aparecemos em família neste final de semana e para minha surpresa, a Maia tinha emagrecido devido a uma dieta balanceada. " Estou comendo feito um passarinho" reclama ela, mas logo sorri e apresenta um senhor - que eu esqueci o nome - e me diz que é somente um grande amigo e nada mais. Este senhor que passa o dia em sua companhia esteve muito doente, mas já está bem melhor. Até corre atrás dos carros e sai latindo com a Maia por aí.
A Lene, humana da loja e mamãe da Maia, disse que esse cachorro apareceu bem debilitado e que agora cuida dele pois ele "fugiu" de casa, segundo uma sobrinha do antigo dono.
Imagino que o ser humano (?) dele esteja muito ocupado pra não ter achado um cachorro doente e velho que "fugiu" de casa. Espero que ele não esteja aflito e preocupado em não saber o paradeiro dele, porque apesar de estarmos no final de outubro, o tempo aqui ainda oscila muito entre chuvas, ventania e frio e o coitadinho do cachorro poderia estar além de sentindo fome, sede, dor, medo, estar com frio e molhado.
Como não conheço - e nem quero - esta pessoa, não vou julgar, pensando que ele não quis mais o cachorro e que o abandonou à própria sorte, então eu pergunto a mim mesma. " Como ele não conseguiu achar um cachorro idoso, doente e debilitado, sendo que eu com quase 09 meses de gravidez, corri atrás da Manju e da Mochi quando elas cismaram (algumas vezes) em escapar e graças a Deus, elas estão em casa.
Ah! Quer saber? Vou julgar sim! Ele NÃO quis mais o animal e o abandonou como se fosse um sofá velho e assim como gente que abandona sofá velho, deve ter feito isso à noite e longe de casa, pois deve saber que abandono é crime. Se não sabe que é lei, a consciência avisa ao menos que fica feio na foto.
Mas graças a Lene, ele está bem, abrigado.
E quando estávamos saindo do pet shop, afaguei a Maia e depois de ouvir a história do novo amigo velho dela, falei pra Clarice:
- Pequena, nunca abandone um amigo pois como está no livro O Pequeno Príncipe: "Tu te tornas responsável por aquilo que cativas".
E a Maia retificou:
- O correto é : "Tu te tornas ETERNAMENTE responsável por aquilo que cativas".
