quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Ajudar não é difícil

Hoje vou contar a história dessa linda cadelinha e da Lilica.
A Lilica me mandou um email pedindo ajuda para essa cadelinha que ela observava pela rua próximo onde mora. Ela tem um tumor de mama bem avançado e se sensibilizou com a situação da cadela. Ela falou no email que "até não gosto de cachorros, mas estou bastante preocupada e não quero ver aquele animalzinho sofrendo". Fiquei emocionada com a sensibilidade da Lilica. Se todos nós fossemos um pouquinho como ela, os animais estariam em melhores condições do que as atuais.
Bem, mas vamos ao caso da cadelinha. Conversei com ela as formas que eu poderia ajudar, indicando um veterinário, cedendo espaço para recuperação, essas coisas. Ela mesma conseguiu um vet que atendesse o caso e que iria também ajudar a cadelinha, acertamos a casa de passagem, mas nessa semana recebo um email dela dizendo que já conseguiu também um dos vizinhos que se prontificou a ficar com ela na recuperação, o que é ótimo, pois evita o stress em sair da região onde mora. Enfim, a Lilica é uma pessoa como todos nós, com um pouco mais de sensibilidade, mas com uma enorme vontade de fazer. E é assim em tudo na vida: mesmo ela não tendo perpectiva alguma de como ajudar, foi a luta. Sorte da cadelinha que cruzou o caminho dela. Sorte a dela também, porque imagino que essa ação vai lhe aquecer o coração por um bom tempo.
Recebo muitas ligações diárias pedindo ajuda das mais diversas possíveis. Uso sempre a mesma forma: "te ajudo a ajudar", sendo necessária a pessoa se responsabilizar por várias coisas, mas nem sempre encontro essa proatividade da Lilica. Algumas pessoas me procuram porque acham que tenho atendimento veterinário gratuito ou que tenho condições de tratar um cãozinho ou um gatinho "pela minha experiência". O mundo não é tão cor-de-rosa ou irresponsável quanto parece. Não, não tenho atendimento veterinário gratuito. Até porque médicos veterinários são profissionais e usam-na para seu sustento e de sua família, então eu pago os atendimentos que encaminho pessoalmente. Quanto a diagnosticar uma doença, nossa, não merece nem comentários. Não faço isso com os animais que estão sob minha guarda, nem me atreveria a fazer.
O que quero deixar claro através desse post, é que é muito mais fácil uma pessoa ajudar um animalzinho "uma vez lá que outra", não requer muito esforço. Já, esperar que a ajuda venha de outras pessoas, é muito desgastante para quem está sofrendo, que nesse caso é exatamente quem está precisando.
Ajudamos a ajudar. Você também pode fazer a diferença.

No mais, que Deus abençõe essa Lilica e todas as outras Lilicas que tem em Rio Grande.